Esses dias ouvi algo que para mim é um caso antigo. Você é de esquerda ou de direita??? Confesso que não entendia muito sobre o assunto, por isso preferi não opinar. Daí a curiosidade de saber o que realmente são os dois pontos de vista “politicamente corretos” para um tempo que não volta mais. Li vários textos sobre os dois “lados” e percebi que uns são mais conservadores, outros mais liberais, envolvem comunismo, socialismo, nacionalismo, marxismo, etc.
“Problemas” que assolam a nossa sociedade atual, já eram discutidos a séculos atrás. Todos levantavam a bandeira de legalização das drogas, da prostituição e do casamento homossexual. Uns defendiam o coletivismo, outros o individualismo; uns queriam uma economia liberal, outros um intervencionismo nela; os esquerdistas afirmam que a vontade do povo está acima da lei, já os de direita dizem o contrário.
Quando eu digo antigo não é pelo fato de ter surgido antes dos anos 1800, mas por acreditar que não funcionam mais. Sei que o mundo sofreu, e ainda sofre, mudanças espantosas como a globalização e a digitalização. Por isso, acredito que não haverá ninguém verdadeiramente humano que não fique indignado com certos casos do mundo real, e não queira mudá-los. É assim que concluo que não há alguém 100% conservador ou 100% liberal. Eu mesma sou defensora de uma economia mais liberal, mas sou conservadora em relação aos costumes, aprovo o casamento gay, porém não sou a favor do aborto.
Hoje os termos de direita e de esquerda permanecem na história política mundial, são conceitos que antigamente funcionaram e trouxeram conflitos ideológicos ao mundo. Atualmente eles ficam apenas nos lugares de cadeiras na Assembléia Nacional Francesa onde tudo começou. Não cabe mais avaliarmos a questão por esse jogo de cadeiras. Não animo com uma sociedade de consumo sem limites, nem imagino que o mercado seja o caminho para todos os valores. Esses têm de vir da cultura, da sociedade, das pessoas. Sem radicalismos de "direita" e "esquerda". "Todas as revoluções passam", dizia Kafka, "e só resta o lodo de uma nova burocracia"...
JC
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